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Observações de RES sobre a estrutura da cabana

4 de setembro de 2018

1ª parte de reflexões importantes de RES sobre o desejo.

Revisão - CCS

 

  1. Estruturar a cabana de dentro para fora: referências visuais do Brasil atualizadas na obra -mercado ver o peso - Belém / estrutura do toldo aberto embaixo - não fechar ele na parte de baixo e torcê-lo como um funil, como uma ampulheta

  2. O mito do eterno retorno — o que sempre volta e reaparece sob diversos modos para você ir resolvendo de modos cada vez mais profundos. Está ligado à expiação de seus antepassados, claro. Características de seus pais que virão te visitar como fantasmas sempre reapresentando dados novos ao sintoma que você terá que resolver / sempre o que você vive num dado momento terá conexões com passagens que você será forçado a fazer em relação a seus pais, lugares onde eles foram impotentes. Incapazes. Você será o “Caronte“ dos fantasmas alheios até um dia poder ser o Caronte dos seus próprios fantasmas. Isto é: estará no osso dos seus sintomas. Êta momento porreta sô!

  3. Esse retorno ao que não foi solucionado tem a ver com a histeria. Tem a ver com o recalque. Enfim a expiação. Como tudo isto se relaciona? Como estas palavras fundamentais da humanidade se relacionam? Como elas interagem? Se comunicam? Esses conceitos-pedra de toque da humanidade interagem? Traumas essenciais que não nos abandonam, traumas essenciais que permanecem, que se torcem, ricocheteiam. O sintoma ricocheteia. Quanto mais você se aproxima de você mais o sintoma ricocheteia: numa espiral, nunca no mesmo lugar como numa rosca de parafuso. Movimento helicoidal. O sintoma vai te apertando em torno de algo essencial que você precisa resolver. Não pode deixar escapar. O sintoma amarra os fios soltos do seu devir. Inclusive pode amarrá-los em condições de choque. A histeria é como fios soltos e desencapados amarrados juntos aleatoriamente pelo sintoma. Aqui no caso este aleatório tem a ver com a história do sujeito. Ou seja nunca é propriamente aleatório. Seria antirrandômico para ser mais preciso. Na verdade este conceito de antirrandômico me interessa muito, a coisa toda é complexa mas não deixa de ter uma lei, aqui compartilho mais o conceito de Jean Luc Nancy de cálculo. O cálculo aqui se opõe a randômico. O cálculo e a histeria estão juntos. Não ser quadrado ou teleológico com a cabana Itu.

  4. Potencializar o visto: as referências visuais

  5. Funil: apertado / passagem do tempo, como traduzir um momento meu e do Atelier em imagem, em escultura, em forma orgânica. O desafio de poder formular o mundo à sua volta, poder de tradução das coisas, de plasmar o visto e o vivido — estamos aqui para dar vazão ao nosso mundo, isto é: vazar o que é fundamental. Isto é: inspecionar o desejo, não deixá-lo ser carência barata, sem verificação, sem esgotar meus fantasmas, meus silêncios, minha sina — sem esgotar minha sina só posso desejar o desejo do outro. Ou seja, sem atravessar meus sintomas e a expiação, ainda não estou no meu desejo mesmo - vivo no desejo do outro pensando que é meu. Não posso amarrar os fios de qualquer jeito e em estado de surto. Os fios desencapados juntos dão choque e podem até matar dependendo da voltagem. E a voltagem do desejo é sempre muito grande. 

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