
MONTEVIDEO
Missão Montevideo - Buenos Aires C.A.C
Distribuição LLR
Dia 3 - 22/01/2020 - Sábado - Aniversário de São Paulo
19h horas em Buenos Aires + barco até Colônia (Uruguay) + ônibus até Montevideo (Uruguay) - Escritos do ônibus
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Caminhada hotel até livraria indicada por RES (El Grand Ateneo) - 5km - por coincidência trajeto passou por alguns lugares emblemáticos da cidade, como o Obelisco, Casa Rosada, Plaza de Mayo e Avenida 9 de Julho. Dia muito bonito e muito quente - 34 graus
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Todos os três dias até agora se iniciaram com visitas a livrarias (indicadas por RES) - interessante como a viagem vai formando sua própria rotina!
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Caminhada + patinete elétrico até MALBA - levando dois livros: um para a curadora Victoria Geraudo e outro para o diretor da livraria, Facundo. Ambos seriam entregues para Facundo, que é amigo de um amigo de Jero, para que ele entregasse em mãos para Victoria.
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Jero havia conseguido o telefone destas pessoas, mas faltava que eu conseguisse entrar em contato com elas e combinar algo. Hoje foi um desafio falar com Facundo - quase voltei a Montevideo com os livros debaixo do braço. Como contar de forma muito objetiva a alguém, por mensagem, que RES gostaria de dar um livro seu a ela - e fazê-la entender a urgência de organizar a logística disso?
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Contato com Facundo demorou mas rolou! Livros foram deixados na loja. Ele já mandou mensagem dizendo que nos escreve na semana que vem para falarmos sobre “próximos passos” - achei curioso ele usar esse termo.
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Tem um trabalho (vídeo) de Ana Mendieta no MALBA - “silueta en fogo”, vi também um trabalho de Augusto de Campos lá
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Livro para Mora e Orly Benzacar entregue na porta do prédio de Orly, um prédio muito ostensivo de frente para um parque. Mora enviou mensagem agradecendo e dizendo que fará contato também
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Café com Anouk as 15h30. Anouk trabalha com Leandro Erlich, um artista argentino que parece ser bem envolvido com o rolê institucional de arte nacional e internacionalmente. Fui ao café para agradecer por ela ter passado o contato de Mora. café durou 40 minutos
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Entreguei a ela os livrinhos PFCAC e Basic Concepts do CAC.
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Leandro Eirlich fará exposições no CCBB este ano (junho no Rio e setembro em SP) - talvez Anouk vá junto e quer conhecer Atelier
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Anouk é próxima de diretora do Paço das Artes de São Paulo
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Momento interessante da conversa: Anouk pergunta qual o “plano de Rubens” com essa entrega de livros, “o que ele quer?” ela me pergunta. Na hora sinto que o tipo de resposta que essa pergunta pede não faz muito sentido dentro do Méthodo - não estou aqui trazendo livros porque RES quer expor na Ruth Benzacar, por exemplo - não é tão linear assim! Sinto que RES, que o Méthodo, querem sim algo, mas é algo muito mais aberto! É mais sobre estar articulando com o mundo, sobre estar lançando os dados, do que sobre um desejo fechado para um fim específico. Foi ótimo para que eu me desse conta da carga pedagógica desse rolê todo: era muito mais simples RES enviar os livros por Correio ou até mesmo escrever um e-mail poderia ser uma opção. A forma como RES quer as coisas (que não sei exatamente qual é mas me interessa muito) abre um puta espaço para a sua pedagogia.
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Tento explicar isso a ela dizendo que o plano agora é que Orly e Mora tenham o livro.
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Outro ponto da conversa: Anouk me pergunta qual a minha mídia - respondo que me interesso muito por volume, mas que nesse momento minha mídia era aquele café que tomávamos juntas.
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Nota: se o café era minha mídia tenho muito arroz e feijão para comer!!!!! Mohallem é extremamente inculta e esse tipo de situação deixa isso terrivelmente evidente
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Há um ponto que conecta esta viagem com a que o Diguinho está fazendo?
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Em uma viagem há um claro nivel de tensão muito alto, em outra há todo um contexto quase agressivo de descanso - apesar de parecerem situações opostas por estes dados, sinto que ambas são formas de acessar uma maneira de estar em sua própria companhia.
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Estar nessa viagem é um constante exercício de procurar em mim o amigo e o inimigo.
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Não é sobre descobrir coisas boas e ruins da Mohallem, mas sobre descobrir que é justo nos lugares onde para de dar pé que a coisa pode ficar interessante. Não ter medo de encarar as limitações, de olhar a fundo para elas mesmo que seja dolorido - não querer resolver a limitação mas sim investigar o que fazer a partir dela
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contradição - obra de RES - aquilo que conecta as contradições, um lugar que parece que “dá a volta” - lógica paraconsistente - gato de schrodinger
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Barco de volta para Uruguay: paguei 48 reais para ter um upgrade - presente que dei a mim. Sentei sozinha numa área muito silenciosa, em frente a uma janelona que dava pata o rio. Comprei uma cervejinha Quilmes e reclinei minha poltrona. Que baita momento. Agradeci muito muito por estar viva.

DIA 3
